A Reitora do IFBA quer um Instituto para chamar de "seu"

Gestão tenta criminalizar os servidores opositores, mas não instaurou os procedimentos disciplinares contra os seus protegidos do SINASEFE aliás, blindou a todos os seus apoiadores que foram representados por condutas inapropriadas.

POLITICA

Equipe Nas entrelinhas

8/31/20232 min ler

a group of people in a plane
a group of people in a plane

As cartas serão postas à mesa. Vai chegar o momento em que a comunidade de docentes, de técnicos administrativos e de discentes terão, mais uma vez, que decidir os rumos que darão ao Instituto Federal da Bahia. Não será fácil para a oposição. Os sinais já foram dados há algum tempo, e intensificaram-se nos últimos dias: a indicação do Chefe de Gabinete da Reitora para presidir a Comissão Eleitoral para o Conselho Superior; a “autodesignação” da matéria que deu início aos procedimentos para organização da eleição para a Reitoria e Diretorias de campus; a “assembleia” da Reitoria para a composição da Comissão Local; a alteração do Edital do PROSEL 2024 extremamente autoritária que, depois de efetivadas as inscrições de candidatos ao cursos Técnicos em Administração e Informática do campus de Ubaitaba, sem o mínimo de respeito pelo servidor que está à frente daquela unidade, e menos respeito ainda à comunidade de Ubaitaba, simplesmente, resolveram retirar as vagas ofertadas. Muitos outros sinais surgirão. É preciso ficar atento a tudo.

Depois de quarenta e quatro meses sem fazer nada pelo Instituto somente agora, de forma desesperadora, a gestão se mobiliza para tentar fazer o que, por desorganização, autoritarismo, falta de comprometimento com a coisa pública, incompetência e puro amadorismo, não fizeram. E ainda querem mais quatro anos para nada fazer!? Enquando nada se fazia pela Instituição, muito era feito para promover a imagem da mandatária do Instituto.

Essa gestão deixa um legado que deve servir de aprendizado, principalmente para os técnicos administrativos da Reitoria; desmontaram a Diretoria de Gestão de Pessoas, minaram as relações interpessoais, assediaram, perseguiram e tentaram demonizar quem a ela se opunha. É proibido qualquer oposição à santidade. Os dois servidores declaradamente opositores à gestão, cada um deles está respondendo a processo criminal: um movido pela própria Reitora, depois de ser denunciada por conflito de interesses no CONSUP, estando ela Presidenta do Conselho decidido sob a influência do seu consorte ou, Primeiro-Cavalheiro e o outro, movido pela chefia imediata da servidora que denunciou irregularidade nos processos de afastamentos para qualificação, tendo a própria Reitora como testemunha. E tudo isso porque a “toda poderosa” queria obter ganho político com Notas de Retratações Públicas, dos servidores. Até exigiu quantidades iguais de palavras, meios de divulgação… Só faltou pedir para publicar no Jornal Nacional.

Enquanto tentava criminalizar os servidores opositores, a pobre coitada não instaurou os procedimentos disciplinares contra os seus protegidos do SINASEFE aliás, blindou a todos os seus apoiadores que foram representados por condutas inapropriadas (para sermos maleáveis). Um ex-membro da CPPD, o mesmo cidadão que em reunião da Comissão com a Reitora, criticou e questionou o fato de um possível servidor dedicar um pouco do seu tempo para fazer um card – coisa de profissional, reconheçamos - criticando os procedimentos da CPPD que supostamente teriam favorecido a uma servidora que à época fazia parte da gestão; é o mesmo que dedicou um pouco do seu tempo, sentou-se à frente de um computador e atribui 33 (trinta e três) processos, de forma sequenciada, a uma servidora que ele sabia não estar mais vinculada àquela Comissão, havia mais de um ano. O engraçado nesse caso é que o servidor da CPPD, na reunião que aconteceu com a presença da Reitora, sugeriu que fosse feita uma Nota de Esclarecimento e tudo seria resolvido mas, foi rechaçado veementemente pela mandatária e também pelo membro da CPPD que queria mostrar serviço à “toda poderosa”. A gestão fazer uma Nota de Esclarecimento de um “fato mal interpretado” não poderia, mas exigir em audiência de conciliação que servidores injustamente criminalizados fizessem Nota de Retratação Pública, ah, isso podia!

O poder pode muito, mas não pode tudo!


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