A Reitora se diz muito mais que um IFBA

Matéria integrante da edição nº 22

POLITICA

Equipe Nas entrelinhas

11/19/20233 min ler

Começou a corrida eleitoral no IFBA e quem votou errado na eleição passada, vai ter a oportunidade de se redimir. Foram quatro anos de uma gestão que se preocupou com os próprios interesses e de seus seguidores e apoiadores, em detrimento do interesse institucional. Na Reitoria, foram quatro anos assediando e perseguindo quem se opunha. Neste período, o autoritarismo e a tirania estavam presentes como marcas registradas.

Do Plano de Gestão, apresentado para a campanha eleitoral de 2018, nada ou quase nada do que fora proposto foi efetivamente aplicado ou implementado. Já a partir da metade do mandato o discurso de “gestão humanizada”, uma das principais bandeiras da campanha eleitoral passada, foi abandonado. Seria demasiadamente incoerente e inapropriado depois das perseguições e assédios. E quanto a isso, é bom relembrar que a Reitora, demonstrando total falta de ética, colocou-se como testemunha em processo criminal contra a servidora que denunciou as supostas irregularidades cometidas no seu ambiente de trabalho.

A maioria dos servidores e, principalmente, alunos não suportam mais o descaso com o Instituto, as faltas de professores em diversas disciplinas, as “Notas de Esclarecimentos” que nada esclarecem, estampadas na página institucional, totalmente desprovidas de veracidade, a falta de rumo da Instituição… As faturas chegarão em breve!

Das análises dos Planos de Gestão apresentados com os registros das candidaturas recentes para os cargos de Reitor(a), chamou a atenção o da atual Reitora e desta vez até está coerente com a sua forma de fazer a gestão do IFBA. Quem, com o pensamento crítico e visão política, acompanhou a gestão do IFBA nesses quatro anos percebeu o quanto a Reitora buscou se colocar como personagem de importância superior ao próprio Instituto. A tentativa de apagamento da memória institucional apontava a reescritura de uma história contada somente a partir do início do seu mandato, em 2020. E, de lá para cá, foram tantas as ações ou momentos como o desrespeito às normas, desrespeito a decisões judiciais, assédios, perseguições, imposição do poder ao sobrepujar o Conselho Superior…

A busca por mais quatro anos à frente da gestão do IFBA é para consolidar o seu Projeto de Poder que foi traçado já há algum tempo e isso está explícito no seu atual Plano de Gestão, ao analisar o slogan: “LUZIA muito mais que um IFBA”, estampado na capa (ver Processo: 23279.014011/2023-15). A vaidade e a necessidade de autovalorização revela o caráter narcisista da Reitora. E nem é preciso ser um analista crítico para entender o que está posto. O IFBA é uma Instituição de Estado, este é permanente enquanto as gestões são passageiras. As gestões do Instituto o representam perante o Estado e a Sociedade e, nessa condição, estarão sempre a seus serviços. A atual Reitora está se colocando como figura de maior importância que o próprio IFBA. É típico dos absolutistas e totalitários, fundamentados na centralização do poder e no controle absoluto, onde se busca amplos poderes sobre a política institucional e as pessoas que fazem parte do Instituto; a verdadeira figura representativa do Estado. Bem ao estilo Luís XIV: “L’État c’est moi” (O Estado sou eu).

Pode até não ser fácil decidir em quem votar mas, com certeza não é difícil decidir em quem não votar.



(Extraído do Plano de Gestão - Capa)