SINASEFE-IFBA e sua gestão antissindical - gestão sindical escrota!
Eis em que se transformou o SINASEFE-IFBA! Um puxadinho da Reitoria; uma máquina destruidora de conquistas e desconstrutora de lutas. Os “caras pálidas” não tem a noção de que sindicato, por natureza, é oposição a patrão e qualquer gestão do Instituto estaria no exercício da representação do Estado que na relação de trabalho, é patrão.
POLITICA


O sindicalismo surgiu a partir das associações de trabalhadores durante o processo de industrialização e consolidação do capitalismo na Europa, no século XVIII, quando ocorreu a Revolução Industrial. Naquela época o trabalho era insalubre, as jornadas exaustivas, os acidentes frequentes, as punições aos trabalhadores eram severas, inclusive, físicas. Os sindicatos nasceram, portanto, da necessidade de se fazer o enfrentamento por melhores condições de trabalho, de segurança e de salários.
O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica - SINASEFE, surgiu a partir da Federação Nacional das Associações de Servidores das Escolas Federais de 1º e 2º graus – FENASEFE, no Encontro Nacional das Associações de Servidores das Escolas Federais de 1° e 2° graus, ocorrido na Cidade de Salvador-BA, no dia 11 de novembro de 1988, logo após a aprovação da Constituição Federal de 1988, que consolidou o direito constitucional de sindicalização aos Servidores Públicos. A então Escola Técnica Federal da Bahia - ETFBA foi o berço do surgimento da entidade sindical que muito bem representou os trabalhadores desde o final dos anos 80.
A história de lutas e conquistas do nosso SINASEFE é recheada de capítulos que enchem de orgulho a todos que vivenciaram os momentos gloriosos. As batalhas perdidas foram mais como aperitivos e reforço para um novo enfrentamento mas, infelizmente, as glórias das conquistas ficaram aprisionadas no passado.
A Escola Técnica Federal da Bahia - ETFBA virou Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia - CEFET-BA e, atualmente, Instituto Federal da Bahia - IFBA. Desde o ano de 2005 o SINASEFE-IFBA tem atuado como uma espécie de trampolim para as candidaturas vitoriosas ao cargo de maior importância da administração do Instituto. Foi assim em 2005 quando ajudou a eleger a primeira Diretora do então CEFET-BA que mais tarde, com a transição de CEFET-BA para IFBA, tornou-se Reitora Pró-Tempore do Instituto, posteriormente transferindo o cargo, por eleição, para o seu sucessor que era integrante do mesmo grupo político e ex-dirigente do SINASEFE-IFBA, e por último, a atual Reitora que teve a base da sua candidatura e consequente eleição o SINASEFE-IFBA.
Diferentemente dos momentos passados quando os gestores do Instituto, embora eleitos sob influência direta ou indireta do SINASEFE, mantiveram-se dele afastados e enfrentaram um sindicato atuante na defesa dos interesses dos trabalhadores, a atual gestão do IFBA, que tomou posse no início de 2020, manteve as raízes fincadas também no SINASEFE passando este a atuar mais como um escudo, uma blindagem da Reitora, do que cumpridor dos propósitos para os quais a entidade nascera. Quão vergonhoso isso é!
Até hoje busca-se entender como, no meio de uma comunidade formada por técnicos administrativos e docentes, servidores públicos com um elevado nível de discernimento e capacidade cognitiva diferenciada, se deixou contaminar pelo “canto da sereia” que durante a campanha para a direção do SINASEFE-IFBA, ainda no ano de 2019, pregava que a “CHAPA 01 (INSUBMISSA) queria aparelhar o sindicato para fazer oposição à Reitora eleita”. Eis em que se transformou o SINASEFE-IFBA! Um puxadinho da Reitoria; uma máquina destruidora de conquistas e desconstrutora de lutas. Os “caras pálidas” não tinham noção de que sindicato, por natureza, é oposição a patrão e qualquer gestão do Instituto estaria no exercício da representação do Estado que na relação de trabalho, é patrão.
Então, elegeram para a direção do SINASEFE-IFBA, o “time B” da gestão do Instituto que tinha na sua linha de frente ninguém menos que o consorte da Reitora ocupando a pasta do jurídico da entidade e mais tarde, também a representação no Conselho Superior - CONSUP; como coordenador geral, um dos coordenadores da campanha da Reitora, além de outros não menos importantes na sua trajetória de campanha à reitoria, sustentada pelo SINASEFE.
A partir de março de 2020, por conta da pandemia do coronavírus, fomos submetidos a um longo período de isolamento, passando a trabalhar remotamente; alguns sem a menor condição de exercer suas atividades plenamente e sob pressão e perseguições das chefias. Clamamos pela realização de assembleias para discutirmos os problemas enfrentados e relatados pelos servidores mas, o "time B" da gestão do IFBA jogava contra. Enquanto isso, seguiam destituindo membros da diretoria executiva que compunham a CHAPA INSUBMISSA e desrespeitando o Regimento Interno do Sindicato; forjaram a realização de uma reunião de diretoria, emitiram um ata indicando aquela que atualmente é coordenadora geral do SINASEFE-IFBA, como delegada para participar da 157ª Plena Nacional que aconteceu no dia 15 de julho daquele ano.
Essa brincadeirinha de demonstrar poder os levou a forjar a ata de reunião sindical que não aconteceu e usá-la para participar da 157 Plena rendendo aos poderosos de plantão, inquéritos criminais (falsificação de documento particular, falsidade ideológica e uso de documento falso) os quais estão tramitando na 2ª Delegacia de Polícia da Liberdade.
Administrativamente, foi solicitada a instauração de procedimento administrativo disciplinar que até hoje nada sabemos (blindagem da gestão aos correligionários da sua campanha). E os "detentores do poder" que se acham acima da lei, imaginando que podem tudo e quando a realidade bate à porta é correria só. Não tendo como continuar na linha de frente do SINASEFE e também exercer a representação no Conselho Superior do IFBA, um dos blindadores da gestão do Instituto, segundo o que consta em processo no TCU, CGU e representação administrativa para instauração de Processo Administrativo Disciplinar, resolveu afastar-se do trabalho para um mestrado fora do Estado da Bahia, por conta própria. Diante do pedido de instauração de medida apurativa, dando uma de Dallagnol do IFBA, pediu vacância para assumir cargo efetivo na UFBA, talvez na expectativa de livrar-se das possíveis penalidades. Mas isso é tema de uma outra publicação à parte.
A gestão sindical que envergonha o nome de uma das maiores guerreiras baianas, em quatro anos nada fez pelos trabalhadores do Instituto, principalmente os que contribuem mensalmente para manter o sindicato, achou de patrocinar eventos na capital do Estado de Sergipe para atender a interesses do candidato ao governo daquele Estado nas eleições de 2022 que além de quimericamente ter atuado na PRPGI, também é esposo de uma das coordenadoras do SINASEFE-IFBA. É ou não, um sindicato da Grande Família?
Não dá para mensurar os acontecimentos atuais nas gestões do IFBA e SINASEFE-IFBA, dissociando-os dos acontecimentos nas gestões do IFBA e SINASEFE-IFBA anteriores. Enquanto na atualidade elas se unem e promovem uma blindagem mútua (representantes usando o sindicato para blindar a gestão do IFBA e a gestão do IFBA retribuindo a blindagem dos amigos do sindicato), nos anos finais da gestão passada, o SINASEFE-IFBA praticamente montou guarda na reitoria e frequentemente era possível ver o "menino do megafone" promovendo barulhos e incitando os servidores a se rebelarem.
Na greve que aconteceu no primeiro semestre de 2022 quando, em um grupo do movimento de greve, houve a tentativa de mobilizar o SINASEFE-IFBA a atuar na reitoria a fim de inviabilizar a reunião do CONSUP, uma das coordenadoras respondeu com a seguinte mensagem: "deixem a mulher trabalhar".
É essa a gestão sindical que nada faz em defesa dos trabalhadores, que em meio às mobilizações por Campanha Salarial que já estavam acontecendo em Brasília não publicou uma nota sequer; que diante da luta pela reestruturação do PCCTAE omitiu-se e, para fechar o seu caixão, depois do SINASEFE Nacional decidir pela paralisação neste dia 10 de agosto como forma de pressionar o governo, diante das manifestações de indignação dos servidores da reitoria com o "inocente silêncio" da entidade sindical, ao final da tarde deste dia 9 de agosto, passou a circular nos grupos de WhatsApp um Ofício do SINASEFE-IFBA, para a Magnífica Reitora (poderiam dispensar a formalidade) informando que em assembleia realizada no dia 7 de agosto foi aprovado o dia 10 de agosto (quinta-feira) como "dia de mobilização" quando os servidores poderiam participar de atividades locais. Mas, quais foram as atividades programadas pelo sindicato para a reitoria e campi do IFBA? Ah, para que tá feio! Gestão sindical escrota!